Descrição Do Game:
Introdução:
Primeiramente, muitos que lêem este texto se questionam: De onde diabos vem esse jogo? Esta introdução serve justamente para explicar de onde vêm estes heróis de armadura metálica que lutam contra monstros alienígenas.
Este jogo é baseado em três séries japonesas de grande sucesso em sua terra de origem, e com relativo sucesso no Brasil, seguidas pelo estrondoso sucesso de Jaspion. Estas séries começaram um gênero no Tokusatsu (séries de ação japonesas) conhecido como Metal Heroes, como dito acima, que foi que gerou o estrondoso sucesso do Tokusatsu no Brasil no fim dos anos 80. São as séries:
Uchuu Keiji Gyaban (1982):
Gyaban (Nome civil: Retsu Ichijouji) vem a Terra designado pela policia espacial para combater a organização secreta conhecida como Maku, que tem como objetivo destruir e conquistar tudo, eles montam uma base secreta na Terra, Gyaban parte e descobre que a filha do comandante, Mimi, veio escondida, não tendo como mandá-la de volta, fica com ela, unindo suas forças, Gyaban e Mimi combatem a Maku, mas Gyaban tem ainda um sonho, que é encontrar seu pai que está desaparecido há muito tempo. Quando está prestes a destruir Maku, Gyaban recebe a ajuda de um misterioso guerreiro, no qual, após a destruição de Maku, Gyaban é promovido à comandante, este novo guerreiro parte para proteger a terra.
Informações: A série foi exibida no Brasil pela Rede Globo e pela TV Gazeta no começo dos anos 90, sob o nome de Space Cop.
Uchuu Keiji Sharivan (1983):
Para proteger a Terra de uma nova ameaça, Mad, a patrulha espacial da Estrela Bird, nomeia, o jovem Dan Iga, que junto com sua parceira Lili, partem para Terra. Mad já se instalou e começou a agir, Iga consegue um emprego em uma oficina e assim patrulha pela Terra, no momento de perigo ele se tranforma em Sharivan e combate os mosntros de Mad, Mad o envia para o mundo da alucinação e para sair de lá ele deve destruir o monstro maligno, com sua espada laser e o tiro relâmpago, Sharivan luta bravamente, e com seus super veículos, a moto Sharian, Tanque Sharinguer, e a Nave Grand Base, que se tranforma em uma poderosa nave de combate, ele lutará pelo bem do povo da Terra e derrotará Mad. Mais tarde Gyaban se une a Sharivan para o confronto final contra Mad.
Informações: A série foi exibida no Brasil pela Rede Bandeirantes e pela Rede Record no começo dos anos 90.
Uchuu Keiji Shaider (1984):
Shaider (Nome Civil: Dai Sawamura), a última parte da trilogia dos policiais do espaço, Shaider vem à terra para enfrentar Kubilai e o império Phuma, que saem por aí dizimando planetas pelo universo afora, eles simpatizam com a Terra, ao saber que seu planeta fora destruído por Phuma, Annie, uma policial do espaço, resolve se unir a Shaider, juntos eles contam com a Nave Babirus, e muitos veículos e armas poderosas para enfrentar o Império Phuma e Kubilai. Conseguirão eles vencer Phuma e concluir a saga de policiais do espaço?
Informações: A série foi exibida no Brasil pela TV Gazeta no começo dos anos 90.
O Jogo:
O jogo é basicamente um jogo de ação simples, onde se concentra quase que exclusivamente em luta contra os monstros secundários (soldados), comuns nas séries Tokusatsu, os monstros de episódio e os chefes finais. Estas lutas são divididas nos seguintes modos:
Gyaban Mode:
Modo onde se joga por sete missões com Retsu Ichijouji (Gyaban), o fotógrafo Kojiro Aoyama e o Policial do Espaço Alan (em determinadas partes), mostrando momentos importantes da série original. Cada missão representa um episódio da série, com sua história em separado e seu "monstro" próprio. O jogo sofre a limitação de seguir neste modo, esse esquema.
Uchuu Keiji Tamashii Mode:
Este modo é o deleite máximo para os fãs das séries, onde você pode jogar com qualquer um dos três Uchuu Keiji (Gyaban, Sharivan ou Shaider) numa missão para derrotar os planos da Rainha Negra da Galáxia (Dublada pela atriz Machiko Soga, que infelizmente deixou este mundo recentemente), e com a possibilidade de dois finais, no qual você pode determinar o caminho.
Battle Royale Mode:
Modo versus para um único jogador (sim, isso soa estranho, mas é verdade), onde você pode lutar com seu herói ou vilão favorito em batalhas simples nos seguintes esquemas:
* 1P vs CPU2
* 1P vs CPU2 + CPU3
* 1P + CPU1 vs CPU2
* 1P + CPU1 vs CPU2 + CPU3
Survival Mode:
O próprio nome já diz, dispensa apresentações, salvo os detalhes que são 999 inimigos a serem derrotados, incluindo chefes, e que em determinadas horas, o jogador recebe ajuda dos parceiros de batalha.
Omake Mode:
Modo de bônus onde você pode ver vídeos de comerciais de brinquedos da época das séries e um vídeo Making-of especial do jogo.
Option Mode:
O próprio nome já diz.
Informações Técnicas:
Gráficos: Simples para os padrões da atual geração, e ainda com a época no qual o jogo é lançado. Lembra muito jogos de PS2 de dois ou três anos atrás, mas como sabemos que a parte técnica nunca foi um forte da Bandai (mesmo após a associação com a Namco), é um ponto a se já ter algo que não agrada aos olhos dos jogadores mais exigentes neste quesito.
Som: Ao meu ver, o ponto mais forte do jogo. Principalmente pelas músicas, que é em sua maioria músicas originais das séries no qual o jogo se baseia (todas cantadas pelo clássico cantor Akira Kushida), e as vozes, que são dubladas pelos seus atores originais (salvo Dai Sawamura/Shaider, pois seu ator original, Hiroshi Tsubaraya, infelizmente, falecido há alguns anos).
Jogabilidade:
Comandos:
Quadrado: Ataque
Círculo: Agacha
Triângulo: Ataque especial
X: Pulo
R1: Defesa
L1: Visor Especial (Quando transformado)
L2: Ajuste de câmera
Triângulo+Círculo: Transformação (que para ser completada exige uma sequência de botões que aparece na tela durante a cut-scene)
Os comandos respondem bem dentro de um jogo sem muitas pretensões, mas faz o seu papel, salvo o detalhe da câmera que é extremamente ruim em certas horas, e o fato de não haver um botão especifico para travar uma mira em um determinado oponente, faz com que o jogador menos atento se sinta perdido em batalhas que envolvem muitos inimigos, e pode chegar a ser frustrante certas horas.
Conclusão:
Uchuu Keiji Tamashii é um bom jogo, tem uma idéia interessante em ressuscitar séries antigas de Tokusatsu (idéia iniciada em Kamen Rider: Seigi no Keifu -Próximo Review), e que traz um verdadeiro clima de nostalgia e saudade em seus momentos. Peca o jogo ser muito curto (dá para se terminar o modo Gyaban e o modo Uchuu Keiji Tamashii em menos de três horas), mas para quem é fã, pode ter certeza que como jogo, te manterá entretido pelos aspectos fortes das lembranças e das caracteristicas que um jogo do estilo (cada vez mais raros) sempre tem, de serem fiéis ao estilo da série.
Aos jogadores mais casuais, é um jogo que não é muito recomendado, por ser, em primeiro lugar, um jogo totalmente em japonês e que não se há previsão de se ter uma versão ocidental (Mas como as três séries fizeram um sucesso estrondoso na Europa, especialmente na França, nada nos impede de sonhar com uma versão européia do jogo, assim como fizeram com Saint Seiya: Chapter Sanctuary).
Um veredicto final é: Jogo para fãs, e para aqueles que vibravam com as histórias dos heróis japoneses nas tenras infâncias (especialmente para aqueles com vinte anos ou mais).
